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A IRA DE DEUS (2022)

  • Foto do escritor: Phellppss Rissatto
    Phellppss Rissatto
  • 17 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 9 de set. de 2022


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Título Brasil: A Ira de Deus

Título Original: La Ira de Dios

Ano: 2022 País: Argentina

Gênero: Thriller

Diretor: Sebastián Schindel

Roteiro: Sebastián Schindel/Pablo Del Teso

(baseado em “La muerte lenta de Luciana B.” de Guillermo Martínez)

Produtora: Buffalo Films

Elenco: Macarena Achaga, Diego Peretti, Juan Minujín, Mónica Antonópulos, Guilhermo Arengo, Santiago Achaga e Ornella D’Elia;

Trilha Sonora: Iván Wyszogrod/Fernando de Loredo/Ignacio Goyen



‘’ OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE’’



O streaming* tem feito um grande serviço ao cinema estrangeiro, mais especificamente a Netflix tem aberto portas para as produções não pertencentes a terra do Tio Sam, essas produções têm se destacado e ganhado espaço nas telas dos mais de 200 milhões de espectadores da plataforma. Tivemos obras dos mais variados locais do nosso globo, é nesse contexto exponencial que nos é apresentado o longa argentino: (A Ira de Deus, 2022). Este thriller* psicológico dirigido por Sebastián Schindel tem como base o livro do renomado autor argentino Guillermo Martínez, particularmente não sou conhecedor da obra escrita e não me proponho nesta resenha tratar sobre as divergências ou similaridades entre filme e livro, mas apenas sobre o filme em seus aspectos técnicos e reflexivos.

Quando o assunto é atuações, o cinema estrangeiro sempre se propõe a nos surpreender com boas interpretações e entregas por parte do elenco, esse fenômeno pode ser consequência de as produções terem como proposta a fuga da mesmice constante em blockbusters*, sendo assim a conquista do público vem por conta da técnica que envolve um bom roteiro, boas ambientações e boas atuações o que resulta em dramaturgias mais refinadas e técnicas ou seja obras que apelam ao teor artístico. Dado tal afirmação deixo minha satisfação com as atuações ressaltando o protagonismo de Macarena Achaga, que entrega uma personagem tão perturbada que mesmo sem saber se ela detém a verdade, nós somos convencidos de que ela acredita no que diz e consequentemente torcemos para que sua versão seja a verdadeira. Diego Peretti, interpreta o escritor Kloster e faz o típico homem misterioso que nos deixa com inúmeras incógnitas, porém destaco Mónica Antonópulos, que interpreta a esposa de Kloster, uma mulher que sofre de patologia psíquica, suas expressões através das falas e linguagem corporal demonstram sua atuação em um nível convincente.


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O enredo tem como base Luciana, uma jovem que tem seus familiares mortos de forma misteriosa, suas suspeitas apontam seu antigo patrão, um escritor famoso e misterioso, como o autor dos homicídios. Com a ajuda de um jornalista, ela inicia uma investigação com a tentativa de provar que o escritor é o responsável pelos crimes. Dado o plot* nós mergulhamos num universo de suspeitas, teorias e suspense, sendo muitas vezes incerto sobre o que é paranoia ou real. O título é insinuante no que diz respeito ao enredo, a base do filme está baseada em simbolismos religiosos, pois apresenta a família religiosa de Luciana que tem um pai pastor protestante e os conceitos da Lei de Talião e o Código de Hamurabi, ambos conceitos de justiça divina adotados por civilizações antigas como judeus e babilônicos. O grande mistério é revelado no 3º Ato sendo bem claro e nada grandioso, algo bem simplista e que não “explode cabeças”, porém coerente, satisfatório dentro da proposta do longa. Seu final é pessimista e para alguns pode incomodar, porém retrata de forma realista uma das escatologias cabíveis dentro da proposta.


O filme é bem executado, simplório e ao mesmo tempo fiel ao que se propõe que é entreter o público e gerar reflexões em torno de sua história, o diretor de uma forma objetiva nos apresenta um bom longa com roteiro que abre nosso imaginário para criar as possíveis teorias sobre o mistério. Não é uma obra de níveis astronômicos, porém tem seu valor artístico e sua indicação como um bom suspense.



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Notas:

streaming: plataformas digitais que permitem a transmissão das mídias (filmes, músicas, vídeos, etc) através de aplicativos.


thriller: ou suspense é um gênero literário ou cinematográfico que apresenta tensão, suspense e excitação gerando na maioria das vezes um mistério ou aflição em seus públicos.


plot: é o enredo do filme.


blockbusters: plural de blockbuster, um blockbuster é uma obra de entretenimento - normalmente um longa-metragem - considerada muito popular e bem-sucedida financeiramente. O termo também passou a se referir a qualquer produção de grande orçamento destinado ao status de "blockbuster", voltadas para mercados de massa com merchandising associado, às vezes em uma escala que significava que a fortuna de um estúdio ou distribuidor pudesse depender disso.





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