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O VAMPIRO DA NOITE (1958)

  • Foto do escritor: Phellppss Rissatto
    Phellppss Rissatto
  • 5 de mai. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 8 de jun. de 2022


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Título Brasil: O Vampiro da Noite

Título Original: Horror Of Dracula

Ano: 1958 País: UK

Gênero: Terror

Diretor: Terence Fisher

Roteiro: Jimmy Sangster/ Bram Stoker

Produtora: Hammer

Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Michael Gough, Melissa Stribling, Carol Marsh, John Van Eyssen.

Trilha Sonora: James Bernard




“O mundo parece cheio de bons homens, mesmo que existam monstros nele.” Bram Stoker


Vampiros cada vez mais ganharam espaço no universo cinematográfico seja com filmes agressivos como “Um Drink no Inferno (1996)” ou até mesmo o romântico “Crepúsculo (2008)”, fato é que vampiros são parte da Cultura Pop e sua influência nas diversas mídias tem crescido ao longo dos anos. O principal nome vampiresco é sem dúvidas o Conde Drácula, o vampiro mais conhecido e mais representado no cinema é também o maior responsável pela popularização dos sugadores de sangue, quando estes eram apenas parte do folclore imaginário de civilizações antigas. A obra literária de Bram Stoker foi adaptada de diversas formas e falaremos um pouco sobre uma das maiores e mais influentes versões no cinema.


A Universal Studios havia inaugurado seu ‘’ Universal Classic Monsters’’ em 1931 com o longa “Drácula” estrelado pelo ícone Bela Lugosi, a partir de tal filme a produtora lançou diversas produções inspiradas nos monstros da literatura e do imaginário popular tais como Lobisomem, Criatura de Frankenstein, Múmia, etc. Após o encerramento dessas produções, a produtora Hammer começa uma nova fase de filmes de horror, diferente das produções Universal, o novo estúdio trás em cores as criaturas clássicas do horror. Nesse cenário é que temos “O Vampiro da Noite” estrelado por duas lendas do cinema que formariam uma parceria icônica, assim como a dupla Lennon e McCartney estão para a música, seus conterrâneos Christopher Lee e Peter Chushing estão para o cinema de horror.


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O roteiro é bem similar ao livro de Bram Stoker com algumas liberdades de adaptação que em nada estragam a experiência e o propósito da obra original, apenas uma ressalva pessoal que me vi desconfortável com a participação rasa e curta do personagem Jonathan Harker a quem tenho um apego emocional e é meu personagem preferido na obra, o ator John Van Eyssen teve sua maior notoriedade interpretando o personagem, mas não se destaca em comparação ao casting*. No quesito atuações o destaque fica com Cushing, Lee e Michael Gough, os três entregam excelentes atuações. Michael Gough interpreta Arthur Holmwood, um personagem bem similar ao de Jonathan Harker na obra original, tem postura e presença quando em cena, relutância em acreditar nas questões sobrenaturais que assolam sua esposa Mina, no geral seus momentos não são grandiosos, mas isso destaca o ator, pois para um personagem simples sua atuação é grandiosa, curioso fato é que anos mais tarde o ator atuou em outro filme de morcegos, com Tim Burton e Joel Schumacher, Michael foi Alfred mordomo do Batman, como fã destaco que é meu Alfred preferido. Peter Cushing entrega um Van Helsing muito bom com diálogos práticos, experiência, um verdadeiro representante do bem, com olhar profundo sempre mostrando calma, controle e observador, Cushing interpretou Sherlock Holmes em “O Cão dos Baskervilles” (1959) que se parece muito com seu Van Helsing.


O Drácula de Christopher Lee é único, icônico e inspirador, diferente do excêntrico “Nosferatu (1922)” de Max Shreck ou o hipnotizante “Drácula (1931)” de Bela Lugosi, Lee ainda em seu começo de carreira nos entrega um vampiro que aposta menos em poderes ou aparência bizarra e se apresenta como um Sir, usando sua elegância e charme inglês, um homem rico, educado, que se mostra imponente e tem uma postura digna de aristocrata, mas em determinado momento vemos como o ator consegue demonstrar que o vampiro é uma criatura, uma fera, uma besta sedenta por sangue que assombra as noites em busca de uma vítima, quem pode escapar das garras de um monstro feroz? A cena em que o Conde aparece com seus dentes ensanguentados nos faz enxergar tudo isso e nos deliciar com o escapismo de uma boa produção de horror.




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Num todo temos um filme simples, com boas ambientações, fotografia e figurino de qualidade, atuações dignas, uma produção marcante e inovadora para o gênero. Esse é o segundo filme em que Lee e Cushing atuam juntos. Esses astros tiveram carreiras sólidas, ambos participaram da saga Star Wars e Lee conseguiu também o papel em O Senhor dos Anéis outra grande produção nerd. Fato é que a Hammer ressuscitou os monstros que amamos e nos fizeram amar essa parceria entre os atores ingleses que as protagonizaram.


Esse é sem dúvidas um dos filmes mais influentes e marcantes do gênero de horror, sua relevância dentro do cinema e da cultura pop são imensuráveis, sendo o marco das produções dessa maravilhosa produtora, vivemos em tempos que o cinema de horror é marcado por jumpscare* exagerado, falta de roteiro e originalidade, e filmes assim nos dão um tipo de diversão diferenciada. Se você ainda não assistiu o longa, não perca tempo e dê aquela conferida nessa obra de arte que é O Vampiro da Noite.


Notas:

Casting: É o termo utilizado para denominar o elenco de uma produção.

Jumpscare: Pode ser chamado de susto cinematográfico, é uma técnica frequentemente usada em filmes de terror e jogos eletrônicos com intuito de assustar o público, surpreendendo-o com uma mudança abrupta de imagem ou evento, geralmente co-ocorrendo com um som alto e assustador.





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